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06/06/2018

  • Erlon Martins Tostes

Gestão de Ergonomia

O que diz a NR-17: a importância da ergonomia no trabalho

A ergonomia no ambiente de trabalho impacta diretamente no bem-estar, qualidade de vida, saúde e segurança do trabalhador.

As condições adequadas contribuem não apenas para reduzir riscos ergonômicos, mas também para evitar acidentes de trabalho e melhorar a saúde física e mental dos colaboradores.

Todos esses fatores, quando negligenciados, podem gerar afastamentos, elevar os custos para a empresa e prejudicar gravemente a saúde dos funcionários.

A longo prazo, a ergonomia no trabalho é responsável por manter um ambiente adequado para o desenvolvimento das atividades.

O que é ergonomia?

A ergonomia é o conjunto de práticas e condições que favorecem o bem-estar, a saúde e a qualidade de vida.

No trabalho, a ergonomia se traduz em uma série de fatores que impactam diretamente nessas questões.

Por exemplo, se um funcionário se senta em uma cadeira mais baixa do que o ideal, ele pode ter problemas na coluna, nas pernas e também nos ombros.

Existe, inclusive, um estudo chamado de Análise Ergonômica do Trabalho, que determina quais os riscos ergonômicos presentes nas empresas e o que fazer para solucioná-los.

O que diz a NR-17?

A NR-17 é uma Norma Regulamentadora que traz disposições sobre a ergonomia no trabalho.

Segundo a norma, as condições de trabalho incluem “aspectos relacionados ao levantamento, transporte e descarga de materiais, ao mobiliário, aos equipamentos e às condições ambientais no posto de trabalho, e à própria organização do trabalho”.

Cabe ao empregador realizar a Análise Ergonômica do Trabalho, a fim de avaliar a adaptação das condições de trabalho às características de cada trabalhador.

Existem, dentro dessa norma, três tipos de ergonomia, que vamos explicar a seguir.

Ergonomia física

A ergonomia física é aquela que se preocupa com o espaço físico de trabalho, além da saúde física do colaborador.

Entre os itens avaliados pela ergonomia física, podemos destacar:

  • Postura correta do trabalhador em sua posição de trabalho;

  • Iluminação do ambiente;

  • Temperatura e ventilação do local;

  • Acessibilidade (rampas, elevadores, entre outros);

  • Condições sanitárias;

  • Qualidade dos materiais de trabalho;

  • Volume de ruído sonoro;

  • Organização do ambiente;

  • Condições de trabalho (mobiliário adequado, acessórios necessários, entre outros);

  • Tempo em que é necessário ficar em pé;

  • Esses são alguns dos exemplos mais comuns, mas existe uma infinidade de fatores que se enquadram na ergonomia física.

     

  • Tempo em que é necessário levantar peso e sua quantidade.

     Esses são alguns dos exemplos mais comuns, mas existe uma infinidade de fatores que se enquadram na ergonomia física.

Esses são alguns dos exemplos mais comuns, mas existe uma infinidade de fatores que se enquadram na ergonomia física.

Ergonomia cognitiva

A ergonomia cognitiva é aquela que se preocupa com as condições mentais e psicológicas do colaborador, como estresse e trabalho sob pressão.

Além de avaliar a existência desses fatores, ela busca meios de combater o estresse e a ansiedade no trabalho, além de outros fatores que podem impactar negativamente no desempenho e na produtividade.

Alguns exemplos desses fatores são:

  • Excesso de competitividade;

  • Hostilidade entre funcionários, equipes ou outros grupos;

  • Falta de treinamento adequado;

  • Dificuldade de comunicação entre liderança e liderados.

 Como a ergonomia cognitiva lida com questões mais subjetivas, é necessário maior cuidado e atenção por parte dos gestores e profissionais envolvidos.

Ergonomia organizacional

A ergonomia organizacional é aquela que avalia o funcionamento da empresa, incluindo todos os processos e rotinas que podem oferecer algum risco para os profissionais.

Entre os fatores avaliados, encontram-se:

  • Falta de gestão de segurança do trabalho, expondo os colaboradores a potenciais riscos;

  • Trabalho repetitivo ou exaustivo, que pode gerar lesões;

  • Rotinas ou atividades que exigem prolongadas horas em frente ao computador, podendo gerar problemas de

  • postura, nos braços, pernas e na visão;

  • Alto volume de trabalho e quantidade insuficiente de profissionais para dar conta de tudo.

     

Qual a importância da ergonomia no trabalho?

Em primeiro lugar, preocupando-se com a ergonomia no trabalho, você demonstra que valoriza sua equipe, evitando a insatisfação.

Além disso, diversas doenças ocupacionais e acidentes de trabalho são gerados pela falta de preocupação com a ergonomia.

Sabe-se que vários desses acidentes e doenças podem gerar afastamentos prolongados, que geram alto custo à empresa por ter que pagar o salário do colaborador durante 15 dias antes do afastamento pelo INSS.

Além disso, a empresa teria que contratar outro colaborador para substituir o funcionário afastado.

Tudo isso, é claro, sem contar os danos à saúde do próprio funcionário. Dependendo da gravidade da situação, o colaborador pode até mesmo entrar com ação na justiça para reivindicar os seus direitos.

Por fim, a empresa que valoriza a saúde e a integridade de seus funcionários tem uma taxa de absenteísmo muito menor.

Quando os colaboradores entendem que a empresa os valoriza, naturalmente obtém-se um comportamento mais comprometido, onde os funcionários se mostram mais presentes e assíduos.

O que fazer para implementar todas as diretrizes da NR-17 em minha empresa?

É necessário um plano de ação para cobrir desde a análise até a implementação de mudanças favoráveis dentro da empresa.

Importante salientar que a empresa que não cumpre as regras da NR-17 está sujeita ao pagamento de multa e outras sanções disciplinares, bem como aos processos judiciais.

A melhor forma de evitar isso é realizando uma Análise Ergonômica do Trabalho.

Entenda como funciona e certifique-se de atender à legislação vigente.